Psicologia canina: Entenda seu melhor amigo
- Mireille Sabbagh
- 26 de jun. de 2017
- 3 min de leitura
A maioria dos donos tem algo a se queixar sobre o comportamento de seu cão, seja por desobediência, dificuldade de aprendizado, agressividade ou até mesmo atitudes destrutivas. Entenda como funciona a psicologia canina e aprenda a se comunicar com o seu pet da melhor forma possível, controlando os hábitos ruins e ensinando aquilo que deseja.

Existem três principais origens para os problemas comportamentais em cães, que são: Frustração, medo e conflito interno. Um comportamento ruim na grande maioria das vezes representa apenas um reflexo de uma (ou todas) estas causas.
É importante entender que o comportamento dos donos tem efeito direto sobre a forma como o cão se comporta. Por isso, muitas vezes um dono ansioso possui um cão também ansioso, um dono agressivo tem um cão barulhento ou assustado, um proprietário que humaniza e mima muito seu cão (transformando o cão em algo contrário a seus instintos) acaba colocando diversas inseguranças no animal e provocando com isso a desobediência e os maus hábitos. Isso tudo acontece porque o cão toma como base o relacionamento com seu humano para fundamentar todas as suas relações sociais.
Os comportamentos caninos podem ser condicionados através de reforço positivo e negativo, ou seja, se o seu cão teve uma atitude que você aprova, comemorem juntos e dê

aquele petisco que ele adora. É muito importante demonstrar a sua felicidade quando ele acerta, pois a aprovação do dono significa mais para o animal do que apenas o petisco. Da mesma forma, quando você desaprovar uma conduta, fale com mais seriedade a palavra “não”, e demonstre sua insatisfação. Você pode utilizar borrifadores de água e borrifar um jato na face do animal para um estímulo negativo, ou até mesmo provocar um barulho mais alto que incomode o animal (em casa eu utilizei uma lata de alumínio cheia de pedras e sacudia toda vez que queria desaprovar algum costume ruim).
Precisamos observar também nossos modos como proprietários e constatar se não somos nós que de forma inconsciente estamos estimulando comportamentos negativos em nossos cães. Por exemplo: quando saímos de casa e nos despedimos com muito afeto, e chegando em casa fazemos uma festa muito grande, na verdade estamos transmitindo insegurança para o cão, gerando sentimentos como frustração e ansiedade toda vez que o deixamos sozinho. Na grande parte das vezes isso resulta em muita bagunça, objetos destruídos e xixis em lugares inapropriados em nossa ausência. Devemos tratar nossa saída de casa como algo natural, para assim tranquilizar nossos amigos peludos.
Outro princípio fundamental é que você seja o líder e nunca deixe o cão achar que é ele que manda. O líder precisa conviver em harmonia com o ambiente e as pessoas ao redor, e deve sempre definir as direções a serem seguidas e as regras a serem cumpridas. O cão submisso é muito mais calmo e controlado, pois a responsabilidade de liderar e tomar conta da família gera muito medo e conflito nos cachorros.
Para ajudar seu melhor amigo a ser um peludo tranquilo e equilibrado, faça passeios diários e apresente-o a outras pessoas e animais, fornecendo estímulos externos ao ambiente que ele vive. Isso ajuda a controlar os níveis de energia e diminuir a ansiedade e a frustração. Estabeleça uma relação de confiança entre você e seu canino, deixando-o seguro e ciente de que perto de você ele terá proteção e pode sempre contar com sua liderança para guia-lo pelos caminhos da vida.
Invista seu tempo no aprendizado e implementação da psicologia canina e desfrute de uma relação maravilhosa e equilibrada com seu amicão!
